Tuesday, February 17, 2009

Emoção

Ser mãe: o grande aprendizado

Mesmo levando em conta uma crise econômica, a instabilidade no emprego e a dificuldade de cuidar de um bebê recém-nascido, um belo dia, lúcidos e realistas nos deparamos com algo que denominamos DESEJO, desejo de engravidar .

A concepção só ocorre quando desejamos (consciente ou inconscientemente) um filho. E aí todos os receios e argumentos racionais que nos preocupavam acabam sendo atirados para o fundo de algum baú antigo...

E, finalmente, GRÁVIDA!!! Palavra pequena e esquisita para denominar uma realidade tão fantástica e incomparável!!! Medo, alegria, ansiedade, medo de novo...

E percebemos que metade do país também está a espera de um bebê, como se por um milagre as ruas da cidade ficassem povoadas de barrigas de todos os formatos e tamanhos... Despertando curiosidade, cumplicidade, simpatia e solidariedade....

Ser grávida é contar com todos os privilégios, todos se preocupam com seu conforto, seus desejos... o mundo de repente fica mais generoso e afetivo...

Você se surpreenderá com uma repentina dificuldade de concentração e falta de raciocínio lógico... (você não está enlouquecendo)... é a esperta "mãe natureza" te preparando para poder compreender emocionalmente o bebê que está a caminho...

Seu corpo, agora grávido, está mais ávido por amor e você percebe-se atacando inesperadamente seu companheiro... (diferente do que sua mãe havia contado)...
Sua sensibilidade ficará EXTREMAMENTE acentuada, o que quer dizer que chorará à toa... (a toa para os outros, é lógico)...

Sentirá alguns desconfortos com uma barriga que cresce continuamente, abrindo espaço para um pequeno bebê que insiste em fazer longas sessões de alongamento...

E dormirá tão rapidamente e com tanta frequência que muitas vezes não dará tempo de seu companheiro deitar na cama... (nada pessoal, você não poderá evitar)...
Seu umbigo sempre ficará aparente, independente da roupa que use....

Não se sentirá mais constrangida em frequentar banheiros públicos e privados... E descobrirá que pode ir e voltar da sua cama ao banheiro inúmeras vezes durante a noite sem ao menos precisar abrir os olhos...

Usará todos os cremes e óleos que te indicarem para evitar a tão temida estria e ficará permanentemente escorregadia durante 9 meses...

Seu peito crescerá e continuará a crescer curiosamente, prepando-se para ser o provedor de alimento do nenê que chegarará faminto depois de sua cansativa jornada...
E finalmente quando ele chegar e você o segurar nos braços, descobrirá que tudo valeu a pena...
Reconhecerá nele o seu nariz ou sua boca e as sobrancelhas do seu companheiro...

Verá no fundo daqueles olhinhos abertos e atentos a possibilidade da continuidade, da renovação, da felicidade e principalmente da APRENDIZAGEM. Essa é sua grande missão!!!

Clarice Skalkowicz JreissatiPsicóloga de casais e gestantes

Sunday, February 15, 2009

Teoria da Extero-gestação
Os bebês humanos estão entre os mais indefesos de todos os mamíferos. Por causa do maior tamanho do cérebro e do fato de que o tecido nervoso necessita de mais calorias para se manter que qualquer outro, grande parte do alimento ingerido é gasto em prover nutrição e calor para as células nervosas. Mais significante é o fato de que nossos bebês necessitam nascer mais cedo do que deveriam, com seus cérebros ainda não totalmente desenvolvidos. Se o bebê humano nascesse já com o sistema nervoso central amadurecido, sua cabeça não passaria pela pelve estreita da mãe no momento do parto. Ao contrário de outros mamíferos, como girafas e cavalos, o recém-nascido humano é incapaz de andar por um longo período após o nascimento, porque lhe falta o aparato neurológico maduro para tanto. O custo primal de ter um cérebro grande é que nossos filhotes nascem extremamente dependentes e em necessidade constante de cuidado.
O crescimento do nosso cérebro após o nascimento é mais rápido do que o de qualquer outro mamífero e segue neste ritmo por 12 meses.
A seleção natural demanda que pais humanos cuidem de seus filhos por um longo período e que os filhos dependam dos pais. Esta necessidade mútua traduz-se em um estado emocional chamado “apego”.
Em algumas culturas, como na tribo !Kung, bebês raramente choram por longos períodos e não há sequer uma palavra que signifique “cólica”. As mães carregam os bebês junto ao corpo, com um aparato semelhante a um “sling”, mesmo quando saem para a colheita. A relação mãe-bebê é considerada sacrossanta, eles permanecem juntos o tempo todo. O bebê tem livre acesso ao seio materno e vê o mundo do mesmo ponto de observação que sua mãe.
Nossa cultura ocidental não permite um estilo de vida idêntico ao de tribos primitivas, mas podemos tirar lições valiosas sobre como ajudar nossos bebês na adaptação à vida extra-uterina.
Nos primeiros 3 meses de vida, o bebê humano é tão imaturo que seria benéfico a ele voltar ao útero sempre que a vida aqui fora estivesse difícil.
É preciso compreender o que o bebê tinha à sua disposição antes do nascimento, para saber como reproduzir as condições intrauterinas. O bebê no útero fica apertadinho, na posição fetal, envolvido por uma parede uterina morninha, sendo balançado para frente e para trás a maior parte do tempo. Ele também estava ouvindo constantemente um barulho "shhhh shhhh", mais alto que o de um aspirador de pó (o coração e os intestinos da mãe).
A reprodução das condições do ambiente uterino leva a uma resposta neurológica profunda "o reflexo calmante". Quando aplicados corretamente, os sons e sensações do útero têm um efeito tão poderoso que podem relaxar um bebê no meio de uma crise de choro.
Os 5 métodos para acalmar um bebê até 3 meses de idade são extremamente eficazes SOMENTE quando executados corretamente. Sem a técnica correta e o vigor necessário, não adiantam em nada.

1. Pacotinho ou casulo (embrulhar o bebê apertadinho)
A pele é o maior órgão do corpo humano e o toque é o mais calmante dos cinco sentidos. Embrulhadinho, o bebê recebe um carinho suave. Bebês alimentados, mas nunca tocados, freqüentemente adoecem e morrem. Estar embrulhadinho não é tão bom quanto estar no colo da mãe, mas é um ótimo substituto para quando a mãe não está por perto.
Bebês podem ser embrulhados assim que nascem. Apertadinhos, de forma que não mexam os braços. Eles se sentem confortáveis, "de volta ao útero". Bebês mais agitados precisam mais de ser embrulhados, outros são tão calmos que não precisam.
Se o bebê tem dificuldade para pegar no sono, pode ser embrulhado apertadinho, não é seguro colocar um bebê para dormir com um cueiro solto. Não permita que o cueiro encoste no rosto do bebê. Se estiver encostando, o bebê vai virar o rosto procurando o peito, ao invés de relaxar.
Todos os bebês precisam de tempo para espreguiçar, tomar banho, ganhar uma massagem. 12-20 horas por dia embrulhadinho não é muito para um bebê que passava 24 horas por dia apertadinho no útero. Depois de 1 ou 2 meses, você pode reduzir o tempo, principalmente com bebês tranqüilos e calmos.
2. Posição de Lado
Quanto mais nervoso seu bebê estiver, pior ele fica quando colocado sobre as costas. Antes de nascer, seu bebê nunca ficou deitado de costas. Ele passava a maior parte do tempo na posição fetal: cabeça para baixo, coluna encolhida, joelhos contra a barriga. Até adultos, quando em perigo, inconscientemente escolhem esta posição.
Segurar o bebê de lado ou com a barriga tocando os braços do adulto ajuda a acalmá-lo (a cabeça fica na mão do adulto, o bumbum encostado na dobra do cotovelo do adulto, com braços e pernas livres, pendurados). Carregar o bebê num sling, com a coluna curvada, encolhidinho e virado de lado, tem o mesmo efeito. Atualmente especialistas são unânimes em dizer que bebês NÃO DEVEM SER POSTOS PARA DORMIR DE BRUÇOS, pelo risco de morte súbita.
O bebê não sente falta de ficar de cabeça para baixo, como no útero, porque na verdade o útero é cheio de fluido e o bebê flutua, como se não tivesse peso algum. Do lado de fora, sem poder flutuar, virado de cabeça para baixo, a pressão do sangue na cabeça é desconfortável.
3. Shhhh Shhhh - O som favorito do bebê
O som "shhh shhh" é parte de quem somos, tanto que até adultos acham o som das ondas do mar relaxante. Para bebês novinhos, "shhh" é o som do silêncio. Ele estava acostumado a ouvir tal som 24 horas por dia, tão alto quanto um aspirador de pó. Imagine o choque de um bebê acostumado a tal som o tempo todo chegando a um mundo onde as pessoas cochicham e caminham na ponta dos pés, tentando fazer silêncio!
Coloque sua boca 10-20 cm de distância dos ouvidos do bebê e faça "shhh", "shhh". Aumente o volume do "shh" até ficar tão alto quanto o choro do bebê. Pode parecer rude tentar "calar" um bebê choroso fazendo "shh", mas para o bebê, é o som do que lhe é familiar.
Na primeira vez fazendo "shhh", seu bebê deve calar após uns 2 minutos. Com a prática, você será capaz de acalmar o bebê em poucos segundos. É ótimo ensinar isso aos irmãos mais velhos, que adorarão poder ajudar e acalmar o bebê.
Para substituir o "shhh", pode-se ligar:
- secador de cabelos ou aspirador de pó
- som de ventilador ou exaustor
- som de água corrente
- um CD com som de ondas do mar
- um brinquedo que tenha sons de batimentos cardíacos
- rádio fora de estação ou babá eletrônica fora de sintonia
- secadora de roupas ligada com uma bola de tênis dentro
- máquina de lavar louças
O barulho do carro ligado também acalma a criança.
4. Balanço
"A vida era tão rica no útero. Rica em sons e barulhos. Mas a maior parte era movimento. Movimento contínuo. Quando a mãe senta, levanta, caminha e vira o corpo - movimento, movimento, movimento." (Frederick Leboyer, Loving Hands)
Quando pensamos nos 5 sentidos - visão, audição, tato, paladar e olfato - geralmente esquecemos o sexto sentido. Não é intuição, mas a sensação de movimento no espaço.
Movimento rítmico ou balanço é uma forma poderosa de acalmar bebês (e adultos). Isso porque o balanço imita o movimento que o bebê sentia no útero materno e ativa as sensações de "movimento" dentro dos ouvidos, que por sua vez ativam o reflexo de acalmar.
Como balançar ?
1. Carregando o bebê num "sling" ou canguru;
2. Dançando (movimentos de cima para baixo);
3. Colocando o bebê num balanço;
4. Dando tapinhas rítmicos no bumbum ou nas costas;
5. Colocando o bebê na rede;
6. Balançando numa cadeira de balanço;
7. Passeando de carro;
8. Colocando o bebê em cadeirinhas vibratórias (próprias para isso);
9. Sentando com o bebê numa bola inflável de ginástica e balançando de cima para baixo com ele no colo;
10. Caminhando bem rapidamente com o bebê no colo.
Quando balançar o bebê, seus movimentos devem rápidos mas curtos. A cabeça do bebê não fica sacudindo freneticamente. A cabeça move no máximo 2-5 cm de um lado para o outro. A cabeça está sempre alinhada com o corpo e não há perigo de o corpo mover-se numa direção e cabeça abruptamente ir na direção oposta.
5. Sucção
No útero, o bebê está apertadinho, com as mãos sempre próximas ao rosto, sugando os dedos com freqüência. Quando nasce, não mais consegue levar as mãos à boca. A sucção não-nutritiva é outra forma de acalmar o bebê. A amamentação em livre demanda não é recomendada somente para garantir a nutrição do bebê e a produção de leite da mãe, mas também para suprir a necessidade de sucção não-nutritiva. Alguns especialistas orientam às mães a darem chupetas para isso, mas ainda que a chupeta seja oferecida ao bebê, não deve ser introduzida nas 6 primeiras semanas de vida, quando a amamentação ainda está sendo estabelecida. Há sempre o risco de haver confusão de bicos e o bebê sugar o seio incorretamente.
É importante lembrar que o bebê nunca chora à toa. O choro nos primeiros meses de vida é a única forma de comunicar que algo está errado. Ainda que ele esteja limpo e bem alimentado, muitas vezes chora por necessidade de aconchego e calor humano. Por isso, falar que bebê novinho (recém nascido até 3 meses ou mais) faz manha (no sentido de chorar para manipular "negativamente" os pais) não tem sentido, bebês novinhos simplesmente não tem maturidade neurológica para tanto.
Bibliografia:
The Happiest Baby on the Block, Dr. Harvey Karp, Bantam Dell, 2002. New York.
Our Babies, Ourselves: How Biology and Culture Shape the Way We Parent, Meredith F. Small, Anchor Books, 1998. New York.
Texto organizado por Flavia O. Mandic
Socorro!

Estou tão frustrada com esse mundo de conselhos que recebo da minha sogra e irmão! Não importa o que eu faça, estou fazendo errado. Eu os amo muito, mas como eu posso pedi-los para parar de despejar tantos conselhos que eu não pedi??

Da mesma forma que seu bebê é uma parte importante de sua vida, ele é também importante para os outros. Pessoas que se importam com seu bebê estão ligados a você e ao seu bebê de uma maneira especial que os convidam a aconselhar.

É importante saber disso, você vai ter razões de lidar com essa interferência de modo gentil, que não machucaria os sentimentos de ninguém.

Independente do conselho, é o seu bebê, e no fim, você vai educar seu filho da maneira que você acha que é a melhor. Então, raramente vale a pena criar uma guerra com uma pessoa que no fundo tem boas intenções. Você pode responder aos conselhos que você não pediu de várias maneiras:

Escute primeiro É natural ser defensivo se você acha que alguém esta te julgando; mas provavelmente você não está sendo criticada, mas sim, a outra pessoa esta compartilhando contigo o que ela acha ser uma percepção valiosa. Tente ouvir – você pode sem querer talvez aprender alguma coisa valiosa. Seja indiferente Se você acha que não existe a mínima chance de convencer a outra pessoa a mudar de opinião, simplesmente sorria, balance a cabeça positivamente, e faca um comentário do tipo: “Interessante!” Então continue fazendo do seu jeito. Concorde Você pode achar uma parte do conselho que você concorde. Se isso for possível, cuide de concordar de todo coração com aquele tópico.Escolha suas batalhas Se sua sogra insiste em que seu bebe vista um chapéu na sua caminhada ao parque, vá em frente e ponha aquela chapéu na cabeça dele. Isso não vai prejudicar seu bebê e vai apaziguar a situação. Entretanto, não se renda quando o assunto é importante para você e quanto à saúde ou bem-estar da criança esta em jogo. Evite tocar no assunto Se seu irmão esta te pressionando a deixar seu bebê chorar para dormir, mas você nunca faria isso, então não reclame para ele sobre seu bebê acordando cinco vezes a noite passada. Se ele tocar no assunto, então uma distração pode funcionar, como “Você gostaria de um cafezinho?”Se instruaConhecimento é poder! Proteja a si mesmo e seu equilíbrio mental lendo e aprendendo tudo sobre o modo que você decidiu educar seu filho. Confie em si mesmo que você está fazendo o melhor para você e seu filho. Instrua a outra pessoa Se seu “professor” está transmitindo informações que você sabe que são ultrapassadas ou erradas, compartilhe com ele o que você aprendeu sobre o assunto. Você talvez poderá esclarecer muitas informações e abrir a mente da outra pessoa. Refira-se a um estudo, livro, ou artigo que você tenha lido.Cite um médico Muitas pessoas aceitam o ponto de vista se um profissional da saúde validou isso. Se seu próprio pediatra concorda com sua posição, fale, “Meu medico falou para esperar até que ele tenha 6 meses para introduzir comidas sólidas.” Se seu próprio medico não suporta seu ponto de vista, então refira-se a outro medico, talvez o autor de algum livro sobre cuidado de bebês.Seja vago Você pode evitar um confronto com respostas evasivas. Por exemplo, se sua irmã pergunta se você já começou o desfralde (mas você nem está pensando nisso no momento), você pode responder assim, “Nós estamos indo para essa direção.”Peça conselho! O seu palpiteiro amigável é possivelmente um especialista em alguns assuntos que você concorda com ele. Tente achar esse pontos e convide-o para dar-lhe conselhos. Ele vai ficar tão feliz de estar te ajudando, e você vai ficar feliz em ter um modo de evitar discussões sobre os assuntos que vocês não concordam.Decore uma resposta padrão Aqui um comentário que pode ser dito em resposta a quase todos os tipos de conselhos: “Esse é não talvez é o jeito certo para vocês, mas é o jeito certo para mim.”Seja honesto Tente ser honesto sobre seus sentimentos. Separe uma hora em que não haverá distrações, e pense cuidadosamente em suas palavras, como “Eu sei o quanto você ama o Pedrinho, e eu estou feliz que você passa tanto tempo com ele. Eu sei que você acha que esta me ajudando quando você me dá conselhos como esses, mas eu estou satisfeito com meu modo próprio de lidar com isso, e eu ficaria realmente feliz se você pudesse entender isso.”Encontre um mediador Se a situação está colocando em risco sua relação com quem está te dando conselhos, você pode pedir outra pessoa para interferir para você.Procure amigos que pensam da mesma forma Se associe a um grupo de apoio on-line ou clube com pessoas que tem os mesmos pontos de vista de educação de seus filhos.Falar com outros pais que educaram seus bebês do mesmo modo pode te dar uma forca para encarar pessoas que não entendem seus pontos de vista.Esse artigo foi extraído do livro “Gentle Baby Care” by Elizabeth Pantley. (McGraw-Hill, 2003).Tradução: Andreia Mortensen
Clique aqui para ler o artigo original.
Mudando o padrão de sono na cama familiar
por
Dr. Jay Gordon

Será bem difícil achar uma pessoa que apóia a cama familiar (pais e crianças dormindo junto) como eu sou. Ainda assim, já recebi muitos e-mails comentando que há partes desse “plano” que podem ser facilmente mal-entendidas como sendo simplesmente outra versão de “treinamento de sono” para bebês novinhos. Não é suposto ser isso, pelo contrario é bem diferente.

Aqui está o que eu realmente quero fazer: quero oferecer uma alternativa aos métodos de Ferber, Weisbluth e Tracy Hogg.
Eu não quero ver as minhas idéias aplicadas em um bebê de 4 meses ou até mesmo de 7 meses. Para falar a verdade, eu não incentivo nenhum “plano” para bebês menores de 1 ano. Essas idéias são, então, para serem aplicadas em bebês maiores de 1 ano.

Antes de proceder, deixe-me expressar a minha preocupação prioritária: Bebês ficam melhores quando respondemos a todas as suas questões da melhor maneira e atendemos às suas necessidades do melhor jeito que podemos.


A maioria das famílias que eu atendo em meu consultório pediátrico dormem na “cama de família”.
Seus bebês tendem a ser amamentados por mais de 1 ano e eles não dormem a noite toda melhor que a maioria de nós se dormíssemos pertinho do melhor restaurante da cidade e soubéssemos que está aberto 24 horas/dia.

Esse arranjo não é somente adequado e tolerável, mas na verdade para muitas mães é mais fácil, pois elas podem simplesmente amamentar os bebês deitadas mesmo e voltar a dormir, ao invés de ter que levantar para amamentar, ou ainda, recusar a amamentar e por o seu bebê de volta a dormir de alguma outra forma.

Muitos pais continuam esse esquema no primeiro ano, no segundo ano de vida da criança ou até mais, mas alguns preferem mudar pois estão muito cansados.

O que é mais triste de tudo: algumas mães e pais acham que o desmame total é o melhor jeito de conseguir mais sono. Eles preferem não considerar o desmame noturno apenas como uma boa opção ao invés do desmame total.

Existem dezenas de livros e artigos de revistas que implicam que existem algumas maneiras rápidas e fáceis de conseguir que o bebê durma a noite toda sem ser mamar. Eu ainda não li um desses sequer que diga a verdade completa aos pais.

Não é fácil, raramente é rápido e geralmente é bem barulhento e quebra o coração por algumas noites… ou mais. Eu já vi muitas famílias que precisavam de ajuda e foram oferecidas opções de que não gostaram nada.

Eu tenho uma alternativa melhor ao desmame total ou método do choro. Bebês acordam para a melhor interação com suas mamães, mamar para voltar a dormir. Oferece-se um pouco menos que isso por algumas noites, então um pouco menos ainda e assim por diante, uma modificação gentil de comportamento irá guiá-los a entender que não vale a pena “bater na porta do restáurante fechado”.

Eu não recomendo nenhuma modificação forçada no sono durante o primeiro ano de vida. Provavelmente, a única exceção a isso seria uma emergência envolvendo a saúde de uma mãe que amamenta. Existem muitas sugestões em livros e revistas que pressionam o “dormir a noite toda” durante os primeiros meses de vida do bebê. Eu não acho que essa é a melhor coisa a se fazer e estou muito certo que quanto mais cedo um bebê recebe o tratamento de “não-resposta” de seus pais, maior a chance de que ele irá se fechar, ao menos um pouco.

Não me entenda mal. Gosto muito da cama familiar, o desmame guiado pela criança, e muitos carinhos noturnos no primeiro, segundo, terceiro ano ou mais se está funcionando bem e se a família está se dando bem com o esquema. Não deixe ninguém te convencer que é uma escolha que vai prejudicar a criança ou que ela “nunca vai sair” da sua cama se você não fizer agora. Não acredite em ninguém que diga que o bebê que recebe muitos carinhos e mama de noite “nunca” vai aprender a dormir sozinho ou se tornará dependente. Isso simplesmente não é verdade, mas vende livros e por isso esses mitos continuam em nossa cultura.

Algumas mães simplesmente não querem continuar fazendo isso após alguns meses ou anos e deveria existir uma terceira escolha do que “viver com isso” ou o “método do choro”. Novamente, eu quero dizer que apoio a cama familiar e a amamentação durante a noite por um longo tempo e até estimulo alguns pais a continuarem por um pouquinho mais. Mas eu também tenho que mudar rumo de meus conselhos e apoiar famílias que precisam de mudancas a prosseguirem com as mesmas, mesmo sendo decisões difíceis algumas vezes.

O que recomendo para bebês maiores de 1 ano:
Escolha as 7 horas mais valiosas de sono para você. Eu pessoalmente prefiro de 23h00 às 6 da manhã, mas você pode ter uma preferência diferente.

Mude as regras durante essas horas e não se preocupe porque um bebê que teve todo esse carinho e sabe que pode contar com os pais durante todo o tempo tem uma personalidade formada no sentido de que vai agüentar essa mudança de regras. Ou seja, vai continuar tendo tudo o quer o tempo todo… oops, “quase” o tempo todo.

Esse é o conceito que queremos mostrar ao bebê: “quase”. Se pudéssemos explicar a ele que “mamães e papais cansados levam seus filhos ao parque, zoológico, playground menos do que mamães e papais descansados”... Se essa explicação pudesse fazer sentido às crianças por volta do terceiro aniversario ou antes (mas não faz!!) eles iriam simplesmente virar-se para o lado e dizer: “Te vejo de manhã”, e deixar-nos dormir o quanto quiséssemos.

Eu tento fazer esse plano em intervalos de 3 e 4 noites.
Estou assumindo que você tem um bebê maravilhoso, saudável, de 12, 15, 20 ou 30 meses, que ainda adora acordar de noite a cada 2-4 horas para mamar, carinho, ninar, ou o que seja. Estou assumindo que você pensou muito nisso tudo, decidiu que quer fazer modificações no esquema familiar.

Estou assumindo que ambos, pai e mãe concordam que esta é a melhor opção. E, mais importante, que você está disposta a ir em linha reta no caminho das 7 horas de sono.

A razão dessa ultima afirmação: se o seu bebê aprender que se chorar, se contorcer, etc., por 1 hora vai conseguir que você o amamente, você estará regredindo no seu plano. Esse é o melhor programa que já vi mas é muito distante de ser fácil. E agora, vou dizer novamente: gosto realmente do que você tem feito, muitos carinhos e amamentação durante a noite. Não mude isso com meu programa ou qualquer outro se você está feliz fazendo dessa forma. Mas….

As primeiras 3 noites
A qualquer hora antes das 23h00, (incluindo 22h58) ofereça o peito para dormir, nine-o e faça o mesmo quando ele acordar, mas pare de oferecer o peito como solução quando ele acordar após as 23h00. Ao invés….

Quando seu bebê acordar à meia-noite ou qualquer outra hora após 23h00, abrace-o, amamente por um período curto, mas não o deixe adormecer mamando, e ponha-o na cama acordado. Massageie um pouco suas costas e abrace-o um pouco até que ele durma, mas não o ponha de volta no peito (ou uma mamadeira se esse for o caso). Ele precisa adormecer com seu conforto ao lado, mas sem ter que mamar para adormecer completamente.

Agora, ele irá te dizer que está com raiva, furioso, e detesta essa nova rotina. Eu acredito nele. Ele também tentará te dizer que está assustado. Eu acredito que ele esteja zangado, mas um bebê que teve centenas de noites seguidas de carinhos não está com medo de adormecer com sua mão em suas costas e sua voz suave em seu ouvido. Zangado, sim, assustado, não realmente. Durante essas 3 primeiras noites, repita esse padrão somente depois que ele tiver adormecido. Ele poderá dormir por 15 minutos ou 4 horas, mas para ser amamentado novamente tem que dormir e acordar de novo.

Essas noites serão difíceis.
Você poderá decidir que não está realmente preparada para tudo isso. OK, pare. Pare e comece de novo em alguns meses se preferir. Escolher o momento certo é crucial! Muitas pessoas escolhem esse momento baseado ou pressionado por amigos, pediatras, parentes, ou livros. Isso não funciona bem.

É melhor fazer esse plano na cama familiar, num bercinho no mesmo quarto ou usando um berço em outro quarto? Eu prefiro continuar com a cama familiar mesmo que pareça mais difícil no começo, mas sempre me pareceu mais difícil colocar o bebê dentro e fora do berço. Entretanto, se um berço ou uma cama de criança em seu quarto lhe parecer a melhor opção, vá em frente. Outra opção é expandir os limites de sua cama colocando outro colchão próximo ao seu. Um pouco mais de espaço para cada membro da família pode resolver alguns dos problemas de sono.

Minha opção menos favorita é um berço ou cama em outro quarto.
Novamente, durante essas três primeiras noites, entre 23 horas e 6 horas da manhã, abrace-o, amamente por um período curto de tempo, ponha-o na cama acordado, massageie as costas, fale com ele até que ele volte a dormir e repita esse ciclo somente após ele ter dormido e acordado novamente. As 06h01 faça o que for que você esteve fazendo, ignorando o padrão das 7 horas prévias.

Muitos bebês irão rolar, mamar, e voltar a dormir e te darão mais uma hora extra de sono, mas alguns não irão.

Para mim, uma das partes mais asseguradoras desse plano de sono é que os bebês acordam bem, felizes e sem ressentimentos sobre as mudanças nas regras. Você verá o que quero dizer, ainda que os primeiro minutos da manhã não sejam exatamente o que sempre tem sido.

As próximas 3 noites
Novamente, amamentar para dormir ate as 23h00. Quando ele acordar depois disso, abrace-o, aconchegue-se com ele por alguns minutos, mas não o amamente, e ponha-o para dormir acordado.

Colocá-lo na cama acordado é parte importante do plano como um esforço para ensiná-lo a pegar no sono com menos e menos contato. Não amamentar é uma grande mudança nessas 3 noites. Bebês de 1 ano podem facilmente ficar 7 horas (ou mais) sem calorias. Eles gostam de mamar um pouco durante a noite, mas fisiologicamente e nutricionalmente não é um longo tempo para ficar sem alimento.

As proximas 3 noites
Novamente, amamentar para dormir para as 11 p.m. Quando ele acordar, abrace-o, aconchegue-se com ele por alguns minutos, mas nao amamente-o, e ponha-o para dormir acordado.
Coloca-lo na cama acordado ‘e parte importante do plano como um esforco para ensina-lo a pegar no sono com menos e menos contato. Nao amamentar ‘e uma grande mudanca nessas 3 noites. Bebes de 1 ano podem facilmente ficar 7 horas (ou mais) sem calories. Eles gostam de mamar um pouco durante a noite, mas fisiologicamente e nutrocionalmente nao ‘e um longo tempo para ficar sem alimento.

Se eu pudesse acordar a minha esposa algumas vezes durante a noite, pedir-lhe para fazer um suco de laranja fresco (minha bebida favorita), e massagear as minhas costas para dormir enquanto eu bebo o suco, eu não escolheria desistir dessa rotina voluntariamente. Minha esposa pode ter uma idéia diferente e ficar cansada disso tudo rapidamente. Bebês raramente desistem de seus padrões e coisas favoritas- de dia ou de noite - sem hesitar e chorar.

Eu realmente não gosto de ouvir bebês chorando. Na verdade, eu detesto ouvir bebês chorando. Diferente deles, porém, nós adultos podemos entender as implicações e efeitos da falta de sono para uma família de 3, 4 ou mais pessoas. Padrões de sono algumas vezes têm que ser mudados. A segurança incrível que a cama familiar tem providenciado supre o melhor contexto e localização para essas mudanças.

Durante essas próximas 3 noites, alguns bebês vão chorar e protestar por 10 minutos enquanto outros vão chorar por 1 hora ou mais. Seu filho tem consciência de que você está lá do seu lado, oferecendo conforto e tranqüilidade. Somente não é a maneira de conforto que ele quer no momento. É difícil ouvi-lo chorar, mas vai funcionar. Eu acredito que ele é um bebê bem-amado, após 1 ano ou mais na cama familiar, e no final ele será o beneficiário dos pais terem noites melhores de sono.

“Sim, pelos últimos meses nós estivemos votando 1 a 2” – não democraticamente, a favor do…. bebê. Quem quer levantar a noite toda, amamentar, andar para cima e pra baixo com o bebê, ficar realmente cansado no dia seguinte e no dia seguinte também? Bem, o voto é 1 a 2 a favor do bebê.”

Agora, o que estamos falando é: nós iremos algumas vezes votar 2 a 1 a favor da família do bebê. Esse conceito “família do bebê” pode ser abominável ao que se considera o Rei da Inglaterra, ou Imperador do Universo, mas nosso conhecimento de que ele tem esse sentimento nos permite demolir o ditador com confiança a um cargo de membro de respeito da família. Sua família.

No final da sexta noite, seu bebê vai voltar a dormir sem mamar. Ele vai dormir após um abraço gostoso, com a sua mão em suas costas e suas palavras em seu ouvido.

Se, em qualquer ponto esse plano parece “errado” para você, pare, espere alguns meses e comece de novo mais tarde. Não vá contra seus instintos que estão te dizendo que isso não é a coisa certa a se fazer para ajudar seu bebê a dormir. Seus instintos são melhores que qualquer programa de modificação de sono jamais escrito no mundo.

As próximas 4 noites
Noites 7, 8, 9 e 10. Não o pegue, não o abrace. Quando ele acordar após às 23h00, fale com ele, toque-o, fale mais um pouco, mas não o pegue no colo. Esfregue as costas somente. Não o amamente, obviamente. Ele voltará a dormir. Repita a massagem nas costas e fale com ele se acordar novamente. No fim da nona noite, ele estará voltando a dormir, embora com muita relutância para alguns bebês, com somente uma massagem e a voz calma da mãe.

Depois
Depois dessas primeiras dez noites, continue com carinhos e amamentar para dormir se você gosta e ele quer, mas não faça nada quando ele acordar no meio da noite, exceto tocar um pouco e falar com ele brevemente. Isso pode continuar por mais 3-4 noites, em alguns casos até por uma semana ou mais. Então… para. Ele aprendeu que é amado, tem na pratica tudo que precisa e quer durante o dia todo, mas tem que dar aos seus pais 7-8 horas de sono em retorno.

O que acontecerá se você viajar, ele ficar doente ou outra circunstancia que exija um retorno a mais interação noturna? Nada. Você faz o que precisa ser feito (carinho, dar de mamar, andar, ninar, quantas vezes for necessário) e então passa 1, 2 ou 3 noites voltando ao novo padrão que a família tinha estabelecido. O bebê já conhece o processo e vai reagir a isso muito mais rápido que da primeira vez.

A propósito, “pague” o bebê. Tenha certeza que ele realmente receba bastante em beneficio pela boa noite de sono. Vá ao parque com mais freqüência, faça todas as coisas que você falou que faria se dormisse melhor. Explique a ele conforme você está fazendo. Ele irá entender e ficara bem com tudo isso.


Este artigo pode ser lido original em ingles no site:
http://www.drjaygordon.com/ap/sleep.htmTraducao: Andreia Mortensen

Colo de mãe

Colo de mãe

Colo deixa o bebê mal acostumado?

Pode-se dar colo sempre que a criança chorar?

O colo é um jeito inteligente que a natureza inventou de dar ao bebê conforto e amor, do mesmo jeitinho que era dentro do útero. É isso mesmo, quando seguramos um recém-nascido no colo, damos contenção, segurança, calor, e o bebê tem a possibilidade de ouvir bem de pertinho aquele som tão conhecido – o coração da mamãe.

Por isso ele pára de chorar.

O que caracteriza o nascimento de uma criança é o corte do cordão simbiótico, mãe para um lado, bebê para outro. Esse é o parto fisiológico.

Mas a mulher leva um tempo para lidar com isso, para entender que seu filho nasceu, durante algum tempo ainda sente falta da barriga e de estar grávida.

Com o bebê é a mesma coisa: ele ainda não sabe que nasceu e leva de 3 a 4 meses para começar a entender que toda vez que chora, a mãe vem de fora para atendê-lo. Sua fantasia inicial é de que ele mesmo "resolve" todos os seus problemas: cada vez que chora, a fome, o frio e a dor vão embora .

Portanto, podemos abusar do colo durante os primeiros meses, até mesmo porque daqui a muito pouco tempo ele vai para o chão brincar e dificilmente retorna ao colo.

Mas segurar seu filho no colo exige técnica, não é de qualquer jeito. Ele precisa estar bem aconchegado, confortável, seguro, mas sem estar apertado, próximo a mãe. É importante que exista o contato olho no olho; o recém-nascido precisa ver a sua mãe, pois é para ela que vai sorrir pela primeira vez e é dela que vai receber seu sorriso de resposta, tão importante para estabelecer sua primeira forma de comunicação que vai determinar sua relação com as pessoas pelo resto da sua vida.

Criança que sorri e não recebe o sorriso resposta da mãe, desiste...

Bebê que chora no berço está solicitando ajuda, não necessariamente quer colo, às vezes só uma palavra de conforto, uma mão amiga para tocá-lo....

Dar colo ao seu filho é dar amor. É ensinar a primeira e a mais importante forma de comunicação dos seres humanos: afeto.

Abraçar é aceitar, é uma forma de dizer o quanto ele é bem-vindo, amado e desejado .

Através do colo você pode plantar a semente de um mundo mais compreensivo e humano.

Clarice Skalkowicz JreissatiPsicóloga
Artigo publicado originalmente em http://guiadobebe.uol.com.br/carinho/colo_de_mae.htm

O choro do bebê em diversas culturas

Há extensa evidência científica de que o estilo ocidental de cuidar do bebê repetidamente e, provavelmente de forma perigosa, provoca uma violação no sistema adaptativo chamado CHORO que evoluiu para ajudar os bebês a comunicarem-se com os adultos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, as pessoas estão acostumadas a crianças chorando em público. É aceito e até esperado que bebês em algum ponto da vida vão chorar por longos períodos. Como resultado, muitos adultos em transportes públicos passam longe de pais com crianças pequenas, para ficarem distantes antes de a choradeira começar.

A situação é dramaticamente diferente em outras partes do mundo.Até para um visitante esporádico, torna-se evidente que bebês fora da cultura ocidental raramente choram.

Eu nunca vi um bebê na África ou em Bali chorando, durante as minhas muitas viagens a esses lugares. E esta observação é confirmada por pesquisas de pediatria relacionada à antropologia.

Num estudo comparando o total de choro entre bebês americanos, holandeses e da tribo !Kung San, Ronald Barr descobriu que os bebês nas 3 culturas choram com igual freqüência - ou seja, começam a choramingar o mesmo número de vezes por dia.

Todos os bebês, independentemente da cultura, também produzem uma curva similar de choro (pico por volta dos 2 meses). Mas há uma dramática diferença na duração do choro nas diversas culturas.

Bebês ocidentais berram por muito mais tempo em cada episódio de choro e o total de tempo gasto chorando a cada dia é maior tanto na Holanda quanto nos USA.

O pediatra Barry Brazelton descobriu que bebês da cultura Maya no México estão freqüentemente acordados mas calmos e não verificou períodos de choro intenso.

Num estudo com 160 bebês coreanos, um outro pesquisador descobriu que nenhum bebê foi classificado como tendo cólica, não houve pico de choro aos 2 meses de vida e aparentemente não houve choro excessivo no final da tarde.

A amostra é intrigante porque os coreanos têm o mesmo nível sócio-econômico de outras nações desenvolvidas.Bebês coreanos de 1 mês de vida passam somente 2 horas por dia, ou 8,3% do seu tempo, sozinhos.

Em contraste, bebês americanos passam 67,5% do seu tempo sozinhos. Além disso, bebês coreanos são carregados no colo quase duas vezes mais diariamente que os bebês americanos. E as mães coreanas sempre respondem imediatamente ao choro do bebê, enquanto mães americanas são tipicamente ignoram o choro do bebê por grande parte do tempo.

Em outro estudo, Bell e Ainsworth descobriram que mães americanas deliberadamente não respondem a 46% dos episódios de choro dos bebês durante os primeiros 3 meses de vida.

Deduz-se que o estilo de cuidar dos coreanos leva o mérito pelo menor tempo de choro e a inexistência de cólica.Os estudos mostram que, embora o choro por si só seja universal entre os bebês, a forma em que o choro se manisfesta não é inato, mas facilmente influenciado pelo meio.

A noção de que todos os bebês choram muito de noite é falsa. A crença de que cólica é o final de um volume normal de choro, que é algo inevitável, também é errônea. O choro é altamente influenciado pelo ambiente imediatamente em volta do bebê.

Por mais que seja difícil explicar a uma mãe americana insone e exausta, que está passando mais uma noite em claro embalando seu filho, o estilo de cuidar ocidental parece ser a raiz do desconforto do bebê.

E a solução não está simplesmente na forma de embalar ou de alimentar a criança. Nem significa que uma mãe é melhor que a outra.Novas pesquisas mostram que os bebês ocidentais tipicamente choram por mais tempo e até desenvolvem "cólica", porque o estilo de cuidar que é culturalmente aceito é contraditório com a biologia infantil.

Quando um bebê chora inconsolavelmente por horas, quando seu corpinho se arqueia em frustração, quando seus punhos dão socos no ar de raiva, vemos o exemplo mais claro de contradição entre biologia e cultura.

O bebê está respondendo a um ambiente que foi culturalmente alterado e para o qual ele não está biologicamente adaptado.O bebê é biologicamente adaptado a demandar um apego físico constante e um cuidado para o qual o bebê humano evoluiu milhões de anos atrás. Mas em algumas culturas, como nos países industrializados da Europa e da América do Norte, pais optam por uma relação mais independente com seus bebês.

Eles decidem colocar os bebês em berços e em bebês-conforto ao invés de carregá-los consigo o tempo todo, alimentá-los em intervalos pré-determinados ao invés de sob demanda e responder mais lentamente aos seus sinais de desconforto.

Embora esse estilo traga alguma liberdade aos pais, também traz um custo: um bebê chorão que não está biologicamente adaptado à modificação cultural."

Extraído do livro Our Babies, Ourselves. Meredith F. Small.

Capítulo "Crying across cultures".

Tradução: Flavia Oliveira Mandic

O sono dos bebês novinhos por Janet Balaskas

No início, a perturbação do padrão de sono normal dos pais pela chegada do bebê pode ser a parte mais difícil de ser um novo pai e mãe.

Isso é ainda mais verdadeiro se você também tiver outro filho de 1 ano e meio-3 anos que ainda acorda à noite, ou se levanta muito cedo pela manhã. Contudo, com o tempo você acaba se acostumando a acordar à noite e meios efetivos de se maximizar o sono podem ser encontrados.
“Como os bebês devem dormir” é atualmente um tema controverso na nossa sociedade e você provavelmente vai encontrar conselhos contraditórios de especialistas, o que pode ser bastante confuso para você e o seu bebê.

Dormir é como nós descansamos. Não precisa se tornar uma “batalha do sono” com o seu bebê, na qual os padrões de sono instintivos dele se conflitam com as suas expectativas ou os conselhos dos especialistas.

Os padrões de sono dos bebês mudam à medida que eles se desenvolvem. Embora o sono infantil siga um padrão geral, há variações nesse padrão, que dependem do temperamento e fisiologia de cada bebê.

Alguns bebês são naturalmente mais “acordadores” que outros, desde o início. Muitos bebês com padrões de acordadas noturnas normais, mas frequentes, acabam rotulados como tendo um problema de sono ou sendo “difíceis à noite”

Alguns pais têm expectativas não realistas sobre seu bebê e podem lutar por meses, tentando fazer com que seu filho tenha um padrão de sono que não se adequa à sua fisiologia.
É importante não vincular rótulos de “bom” ou “mau” para os padrões naturais de sono do seu bebê e tentar achar uma forma de parentagem que leve esses padrões em consideração e também funcione para você.

Há várias opções que você pode levar em conta para alcançar uma harmonia noturna. Ambos pais devem se sentir bem com a forma de dormir e abertos a fazerem modificações, se o plano inicial não funcionar.

Passem mais tempo ouvindo um ao outro e dividindo seus sentimentos, dúvidas e pontos de vista no assunto. Se vocês têm idéias diferentes, tentem alcançar um acordo sobre a abordagem que os deixa mais confortáveis, e estejam prontos a continuar conversando e revendo sua decisão juntos, à medida que os padrões e ritmos individuais do bebê emergem e se alteram.

No que se refere ao sono do bebê, há duas abordagens principais. Por um lado, a abordagem do “attachment parenting” se propõe a trabalhar em harmonia com os padrões biológicos do bebê, com suas necessidades de desenvolvimento e emocionais, à noite, assim como de dia.
Isso envolve ficar perto do bebê à noite e é chamado cama compartilhada (“co-sleeping”).

É baseado em precedentes históricos e evolucionais, em que bebês do mundo todo têm dormido junto com suas mães, dividido seu ambiente físico e calor humano, amamentando espontaneamente durante a noite.

Quando isso funciona bem, miraculosamente o ritmo de sono da mãe se ajusta ao do bebê, tornando as mamadas noturnas muito menos cansativas.
As tendências atuais de parentagem são mais centradas no adulto, criadas para treinar bebês a acomodarem seus padrões de sono para se adequarem às demandas da vida adulta.
Nos dias atuais, muitas pessoas têm um estilo de vida pressionado pelo tempo, de movimento rápido e orientado pela carreira, que requer sono ininterrupto à noite.

Essas pessoas podem, portanto, ser atraídas por um método de “treinamento de sono” que prometa que seu filho pode ser ensinado a dormir sozinho desde cedo. Pode ser dito que nossa sociedade é obcecada com fazer os bebês “dormirem a noite toda” o mais cedo possível.
Geralmente, isso vai contra a fisiologia do bebê.

O treinamento de sono pode ser conveniente para os adultos envolvidos, mas há algumas objeções fortes que você pode querer considerar antes de ir por esse caminho.
Há também em uso soluções de “attachment parenting” para pais ocupados, que podem minimizar o impacto da separação temporária de seu filho.

Uma razão importante porque bebês acordam é para serem alimentados. Bebês são acostumados a se alimentar continuamente o dia todo no útero.

Aprender a comer apenas durante o dia é um processo lento que ocorre quando o bebê está fisiologicamente pronto, assim como aprender a sentar e engatinhar.
O leite materno é digerido rapidamente e os bebês tendem a se alimentar periodicamete durante a noite, assim como durante o dia, por pelo menos alguns meses. O estômago deles é muito pequeno para segurar um suprimento que dure a noite toda.

Para alguns bebês isso pode continuar por um ano ou mais.

A prolactina, o hormônio que produz leite, é produzido em maior quantidade durante a noite, quando a mãe está descansando. A mamada noturna estimula a secreção da prolactina. Há um risco para o suprimento de leite da mãe, se a amamentação noturna é eliminada e o nível de prolactina cair.

Bebês alimentados com mamadeira podem aguentar até 4 horas entre mamadas, porque o a fórmula de leite de vaca demora mais para ser digerida que o leite materno, mas ainda assim esses bebês precisam ser alimentados durante a noite quando acordam.

Um bebê alimentado menos do que deveria pode aparentar estar bem, mas seu desenvolvimento não vai ser ótimo. Há também uma pequena percentagem de bebês pequenos que, quando negados a mamada noturna, podem sofrer desidratação e precisar de cuidados especiais em hospital.

Eu recomendo fortemente a cama compartilhada no inicio (“co-sleeping”). Isso quer dizer, em suma, dormir no mesmo quarto que o seu bebê, por um mínimo de seis meses e possivelmente por um ano ou mais.

Isso pode ser feito se dividindo a cama com o bebê, dormindo com ele numa distância em que possa ser tocado, ou colocando-o num berço ou bassinete no seu quarto, ou uma combinação flexível dessas opções.

Quando seu bebê tiver seis meses é uma boa época para rever seu arranjo de sono e ver se você quer introduzir alguma mudança.

O cerne da abordagem da cama compartilhada, essencialmente, não é sobre onde o seu bebê dorme, mas sim [b]aceitar e respeitar [/b] o fato de que seu bebê tem necessidades à noite, assim como ele tem durante o dia. Essa abordagem envolve a disposição e comprometimento para responder ao seu bebê à noite, assim como você faz em qualquer outra hora.

Minha confiança nessa abordagem vem das minhas próprias experiências bem sucedidas de cama compartilhada com meus quatro filhos e as observações que eu tenho feito ao longo dos anos, de como a CC funciona bem em várias outras famílias.

Qualquer que seja o estilo de dormir que você escolha, nenhuma abordagem é infalível e nada funciona para todo mundo. É essencial escolher o que funciona melhor para a sua família, para o seu bebê, não importando que outras pessoas façam ou recomendem. Seu tempo de sono é intimo, privado e pessoal e realmente não diz repeito a ninguém mais além de você.

Quando decidir sobre seu arranjo de sono, você precisa ser consistente, mas não impor regras tão rígidas que não possam ser flexibilizadas ou revistas se não estiverem funcionando.
Você pode perfeitamente precisar improvisar, se seu bebê está ganhando dentes, está passando por um pico de crescimento, está doente e acordando mais, se você está excepcionalmente cansado, ou se sua agenda regular foi perturbada por uma viagem ou feriado.

Não há “certos” ou um único jeito de fazer qualquer coisa como mãe e pai. O que é um problema para uma família, pode ser a solução para outra. O objetivo é achar os arranjos para a sua família, que respeitem as necessidades do seu bebê, maximizem o sono e criem harmonia à noite.

http://www.activebirthcentre.com/Pages2/bbd18art6.html

Wednesday, February 11, 2009

O que nos distingue são nossos sonhos e o que fazemos para que se realizem. (Joseph Epstein)



Entao eu escrevi um post enorme contando que estou sozinha a uma semana,que marido viajou para o Brasil, que o Ozzy anda enciumado e fazendo xixi pela sala, e que Louise está pesando 5 kilos...e a merda da conexão caiu...
Aliás virou festa está semana a conexão cair...entonces...as novidades ficam pra depois...porque o meu tempo já era...
Chris Pessoa obrigada pelas dicas!!!

Porque sempre esqueço o botão "save s draft" ????
Resposta....Porque sou anta!!!!
Fuiii

Monday, February 2, 2009

Vida de mãe...

Bom vamos falar sobre a minha nova vida,minha nova profissão:ser mãe.

Primeiro sobre o parto.Muita gente vive gritanto aos quatro cantos que o parto normal é ótimo e que no dia seguinte você está andando (eu mesma disse isso), mas quando dizemos que andamos queremos também dizer que andamos com uma dor do caralho lá na "perseguida" e que durante alguns dias o ato de sentar se torna desconfortável ou até insuportável, sendo que algumas vezes eles recomendam uma bolsinha de gelo na perseguida...... pois afinal saiu uma criança por alí...

E tudo isso demora um bom tempo para voltar ao lugar, não é assim de uma hora para outra.

Na semana em que Cuty viajou eu fiquei sozinha e com isso as tarefas aumentaram já que nessa fase eu, ou nós mamães queremos fazer tudo perfeito para nossos filhos.

Pois bem tive uma dor nas costas que eu ficava cinza literalmente, então quando dizem que precisamos de liçença antes e depois do parto é porque precisamos mesmo, ninguém aprovaria determinadas leis se estas não fossem realmente necessárias.O corpo tem que voltar ao normal aos poucos já que passou por mudanças durante nove meses.

Eu não tive uma quarentena e agora eu estou sentindo isso no meu corpo, nas minhas costas...por isso eu digo, façam direitinho o repouso nos primeiros dias...peguem leve, não tentem provar pra ninguém que você é a mulher maravilha...durmam bem antes.

Cuidar de criança não é fácil, é um trabalho árduo, muito gratificante...mas sim é árduo.Afinal você está cuidando de um ser indefeso, frágil...que depende somente de você.

Caso tenha parentes como mãe, sogra, cunhada ou vizinha que ajude é super legal, e alivia muito a carga física e emocional, mas do contrário...no começo não sobra realmente tempo pra tomar chazinho e assistir novela durante o dia não.

Na verdade eu queria ser que nem a Xuxa e ter uma Maria por perto pra me ajudar.Sim...orque a coisa é bem corrida.

Cuty tem sua própria empresa e não tem horários fixos, par vcs terem uma idéia durante esse mês de janeiro só nos víamos a noite e no café da manhã, tal qual foi a correria.

Como eu disse agora as coisas estão ficando mais calmas, mas antes dos 3 meses é pauleira... aliás depois se acalma gente????

Tres meses...

Olá meu povo!!!


Minhas amigas, minhas irmãs...minhas colegas de trabalho...kkk... Viram...eu vou, mais eu volto...kkkk
Pois é Loulouzinha completa 3 meses hoje (idade corrigida 1 mês e 4 dias) !!!!

Calcula-se assim: **bb termo 40 semanas

** nasceu com 32,4 semanas

** = diferença de 7,6 semanas
**3 meses de vida = 12 semanas de vida
** 12 semanas de vida - 7,6 semanas = 4,4 semanas de idade corrigida.
Sei lá se tá certo, mas é mais ou menos assim!!!

Nossa gente...que sumiço hein??? Mas imaginem eu fiquei uma semana com a Louise sozinha, imagine como fiquei perdida, como fiquei desesperada em ficar pela primeira vez sozinha...inha...inha...com um bebezinho!!!


Imaginem tudo isso misturado com deprê, com neve,com gripe... com saudade, com revolta de ele ter ido e eu ter ficado...imaginou??? Pois é...eu era uma bomba ambulante...ahahaha..


Peguei uma gripe e depois peguei uma outra, sim porque aqui está uma epidemia de gripe, sério mesmo!!!
Pois bem foram dias de muito nervoso, lágrimas, risos...kkk...pouco sono, stress e piriripororó..affe!!! Mas aprendi muito naquela semana, muito mesmo!!!

Vamos as novidades meninas...a rotina da minha "purguinha".


Bom..Louise mama de 4 em quatro horas, mudei o leite Friso para o Friso Extra (que tem mais fibras) porque vi que o Friso em combinação com o ferro que ela está tomando estava ressecando demais ( se em adultos ele resseca (o ferro) imagine na pequena Louise) e agora ela faz uns cocozinhos a mais...

E essa história de cocô hein?? Bendito seja o inventor do tal lixinho com saquinhos, porque não cheira mesmo!!!!

Agora ela mama de 4 em 4 horas 150 ml (que vira na verdade 165 ml) , ela mama (+-) 9,13,16,20,00.00 e as 6.00 , mas o horário ás vezes o varia pois afinal eles mudam o ritmo de um dia pra outro, mas vamos aprendendo isso aos poucos......mas graças a Deus ela dorme agora 6 horas seguidas, como os gemeos da Eliecy, isso aconteceu acho que há uns 15, 20 dias atrás e como eu disse de um dia para outro.
Estou curiosa para saber quanto ela está pesando, pois ela cresceu um monte...nossa...sinto nas costas!!! E roupinhas...ah...quantas roupinhas eles perdem de uma hora pra outra né???
Não acreditava quando diziam mas vejo agora com meus próprios olhos!!!Tem roupinha que ela nem usou!!!

Ela está indo pro tamanho 62 , falando nisso que falta faz ganhar coisas no tamanho 50-56 (56 cm) hein??
O povo fala...ah..."não compra muito que perde logo"... mas minha filha é mignon gente...não é que nem esses big bebes holandeses...ahahaha...

Pois então você acaba ganhando um monte de rompertje (body) tamanho 62-68 e no começo usa-se um monte o tamanho 50-56!!! Porque nas trocas de fraldas as vezes dá alguma lambança...kkk
Gente sabe o que é melhor ainda???

É o tal de rompertje overslag, que é o que possue botõezinhos na frente, cruzados sabe como é...??? Não tem que enfiar pela cabeça do bebê..

No começo o bebê é todo molenguinho e pra quem é inexperiente como eu é super fácil...e claro de preferência ás manguinhas curtas, porque o de manguinha comprida para vestir determinados roupinhas por cima é um crime!!! Hehehehe..

Voltando a falar sobre minha purguinha...minha purguinha é boazinha, chora somente quando tem algo incomodando...ou a fralda tá suja, ou tá com fome, ou tá com cólica...taí uma coisa Louise teve pouquissimas cólicas graças a Deus!!!

Sandrinha eu sinceramente não sei o que eu faria se tivesse que dar mamadeiras ou amamentar ainda de 2 em 2 horas ou cada uma hora e meia...no final você vive somente para amamentar e penso que o cansaço acaba dando stress ou não??? Quero dizer tem que pensar na qualidade de vida sua família!!!

Quanto a cantar para Louise ninar eu nem tento Dani...kkkk...eu só sei mesmo a musiquinha dos patinhos...e desafino tanto que tenho medo de traumatizar a menina...ela dorme com a musiquinha do ursinho que ganhou de Sandrinha...snif...snif...nem liga pro mobile que comprei...



Ah...e depois que Cuty voltou do Brasil ela passou a dormir oficialmente na caminha dela, está mesmo uma mocinha!!!
E pra assaduras minha gente não há nada melhor que Bepanthen da Bayer, a Louise um dia teve uma assadurinha no pescoço,sabe quando a roupinha molha um poquinho do leite??? Pois bem passei num dia e no outro já está acabado.
Eu troco a fralda depois de cada mamada e depois do banho procuro secar bem cada dobrinha, e a fofa nunca teve nada...e fraldas só mesmo Pampers.


Aqui tirando uma sonequinha!!!!